quarta-feira, outubro 20, 2004

"Let's get it on"

Quem aqui compra revistas de noiva? Eu faço isso. Aliás, eu fiz isso depois de uma crise no relacionamento. Comecei a perceber que as coisas não estavam indo bem, passei por uma banca de jornal e levei uma revista com moça vestida de branco. Mas deixa eu esclarecer uma coisa: não estou desesperada para casar. Acho que não consigo aceitar o fato de que as pessoas assinam um papel jurando que vão ficar juntas pelo resto da vida. Na verdade, acho que casamento me dá um pouco de medo. Então quem é que consegue explicar essa ligação Josy-revistas de noiva?

Bom, confesso que se estivesse para casar, ficaria muito empolgada em escolher a trilha sonora da festa. Pensa só: é quase como um filme. Para cada momento tem uma música. Noiva entra, sobe o som. Noivos se beijam, sobe o som. Noivos saem, sobe o som. Quem, na vida real, consegue isso? Ninguém tem música de verdade tocando de fundo na hora em que diz "eu te amo" pela primeira vez, tem? Bom, pode até ter, mas ela não entra na hora certa, no ponto certo, com a intensidade certa. Ela, provavelmente, estava ali tocando e assim continuou.

De tanto pensar nisso, cheguei a algumas conclusões. Se um dia eu me casar, a música que vai tocar na entrada da noiva é "Meu esquema", do Mundo Livre S/A. Outra que eu gostaria de usar em algum momento da festa é "Let's get it on", naquela versão cantada pelo Jack Black, em "Alta Fidelidade". Mas li em uma reportagem que Marvin Gaye foi o mais votado como compositor das melhores músicas de motel e por isso resolvi repensar. Mas a última das conclusões é que talvez a grande graça de toda essa história de casamento com papel passado, para mim, seja a festa.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Fantasias

Eu sou doente. Eu troquei a noite pelo dia e estou aqui, às 3 da manhã, em frente ao computador. Tudo isso porque comprei a 5ª temporada de "Sex and the City" e vi tudo de uma vez, na madrugada passada. Estou dizendo que sou doente, não estou? Não consegui guardar um episódio sequer para ver hoje, enquanto não consigo dormir.

A verdade é que já não vinha dormindo direito desde uma festa à fantasia do fim de semana. Ok, posso contar uma vantagem? Todo mundo conta, mas eu tenho um pouco de vergonha. Então, lá vai: fui a uma festona no MAM, com direito a show das Frenéticas e tudo liberado. Mas essa nem é a melhor parte. A parte mais estranha (e, por isso, mais legal) é que essa era a festa de 50 anos de uma tia. Foi a oportunidade única de encontrar seres da família fantasiados. Não preciso dizer que passei a noite tentando entender as escolhas de cada um.

Minha mãe estava de onça. Meu pai se vestiu de árabe. Já a minha tia estava de noiva. Noiva mesmo, com vestido alugado em loja de vestido de noiva. Explicação rápida: era também seu aniversário de casamento. Sinceramente, preciso da ajuda de um psicanalista para desvendar os mistérios que envolvem essas escolhas de fantasias.

Eu estava de gatinho. Com uma fantasia feita por mim, ao contrário do resto dos convidados, que fizeram questão de alugar. Eu também queria alugar, mas faltou dinheiro. Confesso que cheguei a ir até a loja e fiquei em dúvida entre duas. Primeiro pensei em Penélope Charmosa. Mas logo depois me encantei por uma fantasia de Smurfete. Quem desvendou o mistério das minhas escolhas foi o meu namorado. Talvez eu queira ser a única menina do vilarejo. Ou a única moça da Corrida Maluca. Vai entender...