quinta-feira, novembro 11, 2004

5 minutos

Eu estava enrolada. Fui tentar uma prova importante aí e me vi perdida entre livros que tratavam de assuntos totalmente novos para mim. Achei que tinha dado conta do recado. Até a hora em que a prova terminou e eu não tinha passado todas as minhas respostas a limpo. Elas estavam legais no rascunho, mas na prova que eu entreguei me pareceram incompletas, já que tive que resumir quase tudo em 5 minutos.

Dito isso, vários pensamentos. O primeiro: qual o sentido de não poder consultar livros em provas? Alguém aí pode me apontar algum momento da vida real em que a gente não possa consultar livros, anotações ou internet? Li um monte de textos que criticavam exatamente esse tipo de avaliação, que é capaz de medir apenas a sua capacidade de memorização. Bom, isso foi só para desabafar.

O segundo pensamento diz respeito à minha incapacidade máxima de passar a limpo quase tudo na minha vida. Tudo é um enorme borrão. Não consigo tomar decisões, não consigo me livrar do que não gosto e não consigo agradar a quem realmente gosto. Tenho vontade de pedir pelo menos uma hora a mais de prova para consertar todos esses estragos. Mas a moça que tomava conta do teste me disse: "Não gosto de fazer o papel da repressão, mas não posso esperar mais do que 5 minutos". É isso aí. Em 5 minutos eu não dou conta do recado.

2 comentários:

Carlos Jazzmo disse...

Assino embaixo.
Somos dois.

Anônimo disse...

Você não foi a única que saiu perdendo nessa história. Se a mocinha não te deu mais do que 5 minutos, os "mestres" que avaliarão suas respostas também perderam uma ótima oportunidade de ler um texto de qualidade. E isso porque para essa mocinha que toma conta de provas, assim como para muitos outros, 5 minutos são o máximo que se pode esperar.
Já passei por uma situação semelhante, mas diferente. Uma vez estava fazendo uma prova, e o tempo era ilimitado. Depois de 2 horas, entreguei o teste com algumas respostas em branco. Porque tinha certeza que não era uma questão de tempo. Eu simplesmente não sabia resolver o problema.