quarta-feira, dezembro 21, 2005

"If God had a name, what would it be"

Eu costumo não acreditar em Deus. Digo isso para as pessoas e as reações são as mais variadas. Vão desde “você está se afastando muito da religião” (minha mãe) até “é impossível não acreditar em Deus” (meu namorado). Mas é sério, se eu acreditasse em Deus, acho que teria que acreditar também em vida após a morte – e eu também não acredito em vida após a morte.

O engraçado é que me peguei outro dia toda emocionada porque consegui ver um episódio de “Joan of Arcadia” desde o comecinho. Para quem não sabe, sou viciada em televisão, sou louca pelas séries da Sony e descobri que adoro “Joan of Arcadia”. É sobre uma menina de 16 anos que conversa com Deus. E ele aparece para ela nas mais variadas formas: pode ser um cara lindo que ela dá em cima ou uma velha rabugenta do refeitório da escola.

Acho que a melhor sacada de quem produz essa série é a música da abertura. “One of Us”, da Joan Osborne, cujo refrão é assim:

What if God was one of us
Just a slob like one of us
Just a stranger on the bus
Trying to make his way home


Onde eu quero chegar com toda essa conversa? Sei lá, acho que a vida seria mais divertida se a gente não se importasse tanto em "acreditar em Deus" e tivesse a liberdade de imaginar a figura em lugares inusitados, por aí, disfarçado de menino-gatinho ou velha rabugenta. Mas tenho que confessar que outro dia me peguei rezando dentro de um avião em turbulência. Só me lembrem de não contar isso para minha mãe ou para o meu namorado porque aí eu seria taxada de incoerente.

4 comentários:

Lúcia disse...

Só um pensamento: coerência é realmente uma coisa horrível pra se cobrar das pessoas... não é mesmo?

Que bom que você voltou!

Anônimo disse...

Josy,

Deus existe. É ele quem fez você, me fez e nos deu a capacidade de pensar sobre isso. Ele não está lá fora. Nem significa que, Deus tendo existência, sejamos obrigados a admitir que há vida após a morte, só porque acreditamos nele. Ele é eterno, nós não, nem mesmo nossas almas, se é que existem almas. Acho que Deus fez o mundo, o universo, tudo assim mesmo, sem antes, nem agora, nem depois. O futuro é o alimento do presente, disse o José Saramago em "O Homem Duplicado".

Beijo,

Seu pai (o tal de "Elito", lembra?, que, apesar de ter boa memória, até uns minutos atrás nem sabia da existência deste blog e o descobriu pelo Google e gostou do que leu e passa a ser frequentador, como macaco de auditório).

Anônimo disse...

Hm, tava zanzando pela net e achei seu comentário sobre religião interessante. Penso mais ou menos como você .

Anônimo disse...

Essa questao de acreditar ou nao em Deus, é super complicado, pois é uma crença milenar!
Vc nao viveu aqueles acontecimentos bíblicos, e que até é meio dificil de acreditar, fica uma coisa surreal na sua cabeça...a pouco tempo li um livro chamado "A religião e os animais", e nele diz a que o ser humana é um ser muito medroso e sem confiaça, e ele cria uma ilusão em sua mente que precisa se apoiar em algo (crença) para poder ter mais segurança na vida. Já os animais nao, eles apenas seguem seus extintos, nao têm medo da morte e outros. Como vc sitou, se nao existe essa crença absurda em Deus, iriamos viver igual aos animais, sem temer a nada e viver livremente!
bjos