quarta-feira, fevereiro 15, 2006

O assunto da semana

Sabe quando você escuta falar de um assunto pela primeira vez e ele te persegue por dias? Por exemplo: um escritor. Você lê sobre ele em algum lugar e dois dias depois alguém puxa um assunto sobre o sujeito com você. Do nada. E de repente você vê o cara na televisão dando uma entrevista. Do nada. É o universo conspirando para que aquele seja o assunto da semana para você.

Pois bem, o meu assunto da semana não é novo, mas eu me peguei pensando nele e nesses últimos dias, em duas situações diferentes, alguém bateu na mesma tecla perto de mim. Do nada.

Então, descobri que sou uma pessoa nada preparada para aceitar críticas. “Aquele seu texto estava muito, muito ruim...”. “Esse seu artigo ainda não está legal para entrar no livro”. Putz, mas aquele meu texto foi o que mais teve comentários no blog. E eu passei dois dias inteiros no tal artigo, que, diga-se de passagem, ficou muito melhor que o do fulano...

É isso. Eu não consigo ouvir uma crítica sem rebater de pronto. Pelo menos mentalmente, quando não consigo devolver uma resposta verbal na cara da pessoa. Isso quase sempre acontece: formulo respostas que são ouvidas só por mim. E nessas horas elas vêm acompanhadas de uma sensação de derrota indescritível.

Acho que nada disso seria uma grande questão se as críticas positivas também não fossem um problema. “O seu trabalho estava ótimo. Você conseguiu como ninguém reunir as principais idéias dos autores”. Meu trabalho? Você só está dizendo isso porque os relatórios feitos pelos outros devem ter sido muito ruins... Não sei o que fazer até o mundo entender as minhas oscilações de segurança/insegurança.

8 comentários:

Anônimo disse...

A insegurança é um dos maiores problemas da nossa geração. Atrapalha o trabalho, os relacionamentos amorosos, as amizades. Eu travo uma luta diária contra isso. Meu segredo? Parei de pensar tanto. Tem funcionado. Beijocas, lindinha.

Anônimo disse...

Nunca te vi, sempre te amei.

Andy disse...

Uma crítica pode ser exagerada - assim como um elogio - mas isso pouco importa.

A reação ideal talvez seja procurar entender as razões daquele que critica e tentar, caso exista alguma razão, fazer artigos e posts mais interessantes. Sei que você consegue.

(e garanto que nem artigo nem post em questão mereciam tantas lamúrias)

Anônimo disse...

Ei, você voltou a escrever. Acho seus textos muito bons. Já me atualizei com seu blogue.

Beijos.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com o(a) tal do(a)Re aí em cima. A melhor coisa é não pensar tanto. Minha vida melhorou muito fazendo isso. Parei de esperar críticas (positívas ou negativas) e de tentar prever o resultado das coisas.
bjs

Anônimo disse...

Ei, me ocorreu uma coisa, por causa de outro texto seu: casamento é uma coisa ótima que eu só pretendo fazer duas vezes na vida. A primeira já foi.

Por aí você tira: a gente casa para ser para sempre, mas, quando descobre que não foi, isso não é suficiente para que a gente se arrependa ou para que desista de tentar. Ser feliz não é um fim, são momentos no meio do seu caminho.

É que nem esse seu papo aí sobre segurança/insegurança: ser seguro o tempo inteiro é ser ingênuo. E ser inseguro o tempo inteiro é ser míope. A gente se reinventa o tempo inteiro. O que faz da gente a gente é o que não se altera com o tempo - e isso, normalmente, só quem reconhece na gente é quem gosta da gente e quem convive.

Eu já desisti de teorizar sobre mim mesmo. Até por isso resolvi vir escrever sobre você. É mais legal. hahaha!

Outro beijo.

Anônimo disse...

Rio, 11 de março de 2006, sábado.

Josy,

Só para dizer que descobri, por mim mesmo, que você tem um blog.
Fiz pesquisa no Google.
Gostei do "Na prática", em geral, se bem que eu ande mesmo sem prática, no particular.
Vou me tornar frequentador, vez em quando.
Beijo,

Seu pai

Anônimo disse...

Josy,

Faz tempo que você não escreve. Esse último foi de meados de fevereiro.
Vamos lá, saia do muro, trabalhe, mulher!
Beijo,
Seu pai