terça-feira, setembro 21, 2004

Discrição acima de tudo

Eu tenho mania de mexer no que não devo. Um aviso: não deixe nada seu comigo. Eu vou abrir, ler e esmiuçar até não restar mais nada. Eu fiz isso um dia com um diário de um ex-namorado. Vi, peguei e li: simples assim. Vergonha, vergonha, vergonha. Achei o que não queria achar. Daí o namoro desceu ladeira abaixo. Mas acredito que desceria a ladeira mesmo que isso não tivesse acontecido. Tempos depois ele devolveu na mesma moeda e fez o mesmo com o meu diário. E aí sim o namoro-defunto foi dado como morto.

Por que conto isso? Nem eu sei. Na verdade busco uma maneira de me livrar dessa obsessão pelo que é alheio. Todo mundo acha graça das comunidades do orkut. Eu não. O meu lance ali é fuxicar profiles e álbuns de fotos de gente que eu conheço pouco ou nem conheço. O mais engraçado é encontrar essa gente depois e fingir que eu não sei nada sobre suas vidas.

Porque voyeur que é voyeur é discreto e finge que não sabe de nada. E eu não conheço figura mais discreta do que eu.

Um comentário:

Carlos Jazzmo disse...

O primeiro comentário do seu blogue será uma profecia: dou seis meses desde a divulgação deste endereço para você virar uma estrela da internet.

Beijo.